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Ricardo Teixeira se diz traído e que levou "cacetada" da Globo

No último dia 13, o “JN” utilizou três minutos para falar das investigações sobre supostas irregularidades em contrato da seleção brasileira.

Em conversas reservadas esta semana, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, se disse perplexo e "revoltado" com o que considerou "cacetada da Globo". Para o dirigente, a reportagem do "JN" exibida no último sábado foi "uma porrada" e "pesada demais", nas palavras de Teixeira.



No último dia 13, o "JN" utilizou três minutos para falar das investigações sobre supostas irregularidades em contrato da seleção brasileira para a realização de um amistoso ( Brasil 6 x 2 Portugal, em 2008). Foi a primeira vez que o telejornal da Globo entrou nas denúncias contra o comandante da CBF e até então um aliado histórico da emissora.

Aos amigos, Teixeira se disse traído por Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes. Aliados de Teixeira ameaçam retaliar divulgando gravações de diálogos supostamente comprometedores de Campos Pinto, durante negociações feitas quando a Globo ainda tinha portas abertas na CBF.

"Eles soltam esse tal princípio editorial para me dar a cacetada?", desabafou Teixeira, vinculando o "ataque" sofrido à carta de princípios divulgada por todos os veículos das Organizações Globo, no último dia 6. O documento reafirma posições da Globo a respeito de isenção, correção jornalística etc. Sete dias depois do manifesto, veio a reportagem do "JN". Nesse mesmo dia também houve protesto na av. Paulista pedindo investigações sobre as denúncias e a saída de Teixeira da CBF.

Procurada, a Confederação não se manifestou. A emissora não quis manifestar por considerar que "só há suposição" (das gravações).

Para Teixeira, a "traição" é maior porque Campos Pinto lhe pediu pessoalmente ajuda para a Globo solapar as pretensões da Record, que tentava lhe tirar a exclusividade de transmissão do Campeonato Brasileir. A Globo derrotou a Record, mas graças ao apoio da CBF.