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Músico iraquiano faz concerto em local de atentado à bomba

Horas depois da carnificina, o músico sentou-se em meio aos destroços para tocar o seu violoncel.

A explosão de um carro-bomba que na segunda-feira matou 20 pessoas no distrito de Mansur, em Bagdá, teria passado como apenas mais um episódio de violência no Iraque não fosse um ato de resistência pacífica de Karim Wasfi.

Horas depois da carnificina, o músico sentou-se em meio aos destroços para tocar o seu violoncelo. E mandar o que chamou de “mensagem para aqueles que veem bombas como a única maneira de resolver desavenças”, conta Wasfi.

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Resistência

Em entrevista ao programa Newsday , da BBC, o violoncelista, que também é diretor da Orquestra Sinfônica Nacional Iraquiana, disse que outro objetivo era tentar trazer memórias melhores de Mansur.

“Eu, obviamente, não posso enfrentar bombas com meu violoncelo, mas pelo menos posso mostrar que a vida merece ser vivida. Minha mensagem como artista é a de que podemos fazer as coisas ficarem normais quando elas estão anormais”.

A resistência pacífica de Wasfi despertou comparações com o caso do “Violoncelista de Sarajevo”. Vedran Smailovic ficou famoso por tocar seu instrumento em ruínas de prédios durante a Guerra da Bósnia, nos anos 1990.

A performance de Wasfi “viralizou”: diversas pessoas, incluindo soldados e policiais iraquianos, posaram ao seu lado para selfies. Além disso, a história ganhou o mundo. E já inspirou outras intervenções do gênero: vídeos mostrando outros músicos iraquianos tocando em locais de atentados estão circulando na internet.