Com a chegada do frio, o tempo de permanência embaixo do chuveiro aumenta, assim como a temperatura da água. Esse hábito pode dar uma sensação agradável ao corpo, mas para os cabelos normais e secos a consequência direta é o ressecamento dos fios.
Isso porque a água quente desequilibra o pH do cabelo, ou seja, o grau que mede a acidez ou alcalinidade sai da média. A terapeuta capilar Vanessa Ferreira da Silva, do Rio de Janeiro, explica que a água quente abre a cutícula do fio e todos os nutrientes que deveriam penetrar acabam, na realidade, passando pelos cabelos. ?O resultado é um cabelo com pontas ressecadas e com aquele aspecto frisado no comprimento?, detalha.
Além do ressecamento, a água escaldante pode provocar escamação do couro cabeludo, queda de cabelo e o desbotamento da cor no caso de fios tingidos.
Para afastar todos esses incômodos, Vanessa recomenda fazer hidratação mais frequente e lavar o cabelo em água morna, entre 20º e 22ºC. ?Se não for possível seguir essa dica da hidratação frequente, lave ao menos com água morna e, ao final do banho, dê uma ducha fria para regular o pH e dar brilho?, ensina a terapeuta capilar.
Oleosidade e frizz
No caso de quem tem os fios oleosos, a água quente só aumenta a oleosidade. A alta temperatura da água estimula a produção da glândula sebácea no couro cabeludo, deixando os fios mais sebosos.
Nem mesmo a umidade concentrada no banheiro faz bem ao cabelo. O vapor quente favorece a abertura da camada externa dos fios e o resultado é o aspecto arrepiado e volumoso.
Para domar os fios insista na hidratação com condicionadores e máscaras. Óleos de argan, de coco e de amêndoas doces são bons exemplos. Vale recorrer, também, aos produtos reconstrutores, que devolvem massa à fibra capilar, tonificando o cabelo.