A população com mais de 60 anos deverá ultrapassar a marca de 64 milhões de pessoas em 2050 no País, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, este estrato populacional deverá chegar próximo de 30% da população do País. Os números fazem parte do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, divulgado nesta terça-feira pelo instituto.
O estudo traz a composição populacional do País desde 1940 e faz uma projeção até 2050. Neste quadro, o contingente de habitantes com mais de 60 anos apresenta crescimento constante.
Segundo o censo demográfico de 1940, 1,7 milhões de brasileiros faziam parte da hoje chamada terceira idade, o que representava, à época, 4,1% da população. Em 2000, esta faixa etária já chegava a 8,1%, ou 13,9 milhões de pessoas, número que deve quase quintuplicar até 2050, segundo a projeção apresentada no atlas.
Por outro lado, a população com menos de 15 anos, que representava 42,6% no censo do IBGE de 1940 (17,5 milhões de pessoas) deve chegar a 2050 com um contingente de 13,1%, ou 28,3 milhões. Esta faixa etária apresenta queda ininterrupta desde 1960. De acordo com o Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, "até o final dos anos 1970, a estrutura etária da população brasileira era predominantemente jovem, resultado de um padrão histórico em que os níveis de fecundidade permaneciam elevados. Entretanto, a partir de 1980, em decorrência do declínio dos níveis de reprodução, começa a adquirir visibilidade um estreitamento da base da pirâmide."
A população de 15 a 59 anos, faixa considerada "em idade de trabalhar", deve apresentar crescimento até 2030, quando deve chegar a 139,2 milhões de pessoas (64,3% do total), segundo a estimativa do IBGE. A partir daí, deve começar a cair. Entretanto, a maior proporção desta faixa de idade deve ser atingida em 2020, com 66,3% do total de residentes no Brasil. Em 2050, este grupo de idade deve chegar a 122,9 milhões, o equivalente a 57,1% do total.