Um dos grandes ícones do rock brasileiro dos anos 80, o cantor e compositor Cazuza, morreu em 7 de julho de 1990 em decorrência de um choque séptico causado pela aids, doença que contraiu cinco anos antes.
Filho de João Araújo, diretor da gravadora Som Livre, o irreverente Agenor de Miranda Araújo Neto conviveu desde cedo com grandes nomes da música. No entanto a carreira de Cazuza nas artes começou no teatro, quando integrou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, em 1980.
Quando Léo Jaime recusou o convite para cantar em uma nova banda que se formava no Rio de Janeiro, indicou o nome de Cazuza. Assim nasceu o Barão Vermelho, que ainda contava com Roberto Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi.
Mesmo sendo a banda de seu filho, João não quis apostar no Barãio Vermelho. Mas o jovem de 23 anos conseguiu gravar um álbum barato que recebeu elogios até de Caetano Veloso. No LP, canções como Bilhetinho Azul, Down Em Mim e Todo Amor Que Houver Nessa Vida.
A partir de então, o sucesso aumentou cada vez mais até que o grupo tocou no Rock in Rio, em 1985. O ano também foi marcado pela saída de Cazuza do Barão Vermelho, além de ser nessa época que aparecem os primeiros sinais da doença no cantor.
Na carreira solo, Cazuza continuou tendo grande sucesso. O show do álbum Ideologia viajou todo o País sob a direção de Ney Matogrosso, com quem viveu um relacionamento. O último disco, Burguesia foi gravado quando ele já estava fraco, de cadeira de rodas.
Mesmo após 20 anos de sua morte, Cazuza ainda é considerado um dos maiores poetas da música brasileira. Em 2004, Sandra Werneck dirigiu a cinebiografia do cantor, O Tempo Não Para, com Daniel de Oliveira. Lucinha Araújo, sua mãe, ainda se dedica à Sociedade Viva Cazuza, em prol da luta conta a aids.