
A cantora Roberta Miranda, de 68 anos, revelou no último domingo (9) um episódio de violência sexual ocorrido no início de sua carreira. Em entrevista ao programa Fantástico, a artista compartilhou detalhes sobre as agressões que sofreu, a perda de um filho em decorrência da violência e os desafios enfrentados dentro de casa devido ao comportamento do pai, que era alcoólatra. Apesar dos abusos, a cantora sempre focou em superar os traumas e conquistar seu espaço.
relato emocionante
Durante a conversa, Roberta explicou que sua autobiografia a levou a refletir sobre a necessidade de compartilhar sua história, com o objetivo de ajudar outras mulheres que passam por situações semelhantes. Aos 14 anos, enfrentou conflitos familiares e episódios de violência doméstica:
Tivemos desavença dentro da família, meu pai era alcoólatra e quando não bebia, era o homem que mais amava. E quando bebia, era quem eu mais odiava, ele me batia, jogava pra fora de casa e eu não aguentava mais aquele tipo de humilhação.
Para se sustentar, a cantora começou a trabalhar em casas noturnas, onde foi vítima de violência sexual. "Eu fui trabalhar na boate como cantora para continuar tendo um lugar, um teto. Foi aonde tinha uma pessoa, que todo mundo conhece lá, mas eu não vou falar o nome e ele se invocou comigo. Ele meteu o revólver na minha cabeça e ele me estuprou", revelou.
Roberta também contou que, quando estava grávida de cinco meses e meio, voltou a ser ameaçada pelo agressor, e ao reagir, foi violentamente atacada, o que resultou na perda do bebê:
Quando o meu filho estava com cinco meses e meio, ele me queria outra vez. Aí eu peguei a cadeira, dei uma cadeirada nele, eu tinha um ódio dele tremendo. Foi quando ele deu um chute na minha barriga e matou o meu filho. Isso para mim é um horror.
Casos como o de Roberta Miranda reforçam a necessidade de ampliação das políticas de combate à violência contra a mulher. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de estupro a cada dez minutos no Brasil. Especialistas alertam para a importância da denúncia e do acesso a redes de apoio, como o Ligue 180, que oferece atendimento gratuito e sigiloso para vítimas de violência de gênero.
A trajetória da cantora mostra que, apesar das adversidades, é possível buscar apoio e reconstruir a vida. Roberta Miranda seguiu sua carreira no meio sertanejo e se tornou uma das pioneiras femininas em um segmento que, por muitos anos, foi dominado por homens. Seu relato se soma a muitas outras vozes que lutam para que histórias como essa não se repitam.
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