A atriz e modelo Núbia Oliiver, atualmente com 51 anos, conhecida como um dos maiores ícones de sensualidade no Brasil, participou recentemente de uma transmissão ao vivo no Instagram com Paulo Libonati. Reconhecida como a mulher que estampou mais capas de revistas masculinas no país, Núbia revisitou os obstáculos enfrentados nos anos 1990 e abordou, de maneira franca, temas como os transtornos de depressão, síndrome do pânico e as exigências estéticas daquela época.
o que ela disse?
“Eu já comecei a ficar doente, porque era uma pressão muito forte que eu tinha. Acho que até comigo mesma. E depois veio a pressão da carreira, de ter uma beleza muitas vezes questionada. Só viam a beleza externa e eu ficava nessa luta para mostrar que havia algo além disso.”
A modelo relatou que a pouca discussão sobre questões ligadas à saúde mental naqueles anos agravava a dificuldade em lidar com os problemas.
“Naquela época, não se falava sobre síndrome do pânico ou depressão. Eu achava que era modismo ou falta do que fazer. Ouvi muitas vezes: ‘é falta de você capinar ou lavar roupa’. Mas isso me motivou a estudar sobre essas condições e entender que não era uma questão de força de vontade, mas algo que exigia cuidado profissional.”
Núbia ressaltou a relevância de buscar suporte especializado, reconhecendo também as falhas que ocorreram ao longo desse percurso:
“Passei por profissionais que só queriam dinheiro ou um pouco do nosso sucesso, e isso acabava não cuidando da minha saúde. Além disso, cometi muitos erros, como interromper medicações sem orientação. Uma das coisas mais importantes que aprendi é: nunca faça automedicação ou desmame sozinho. A partir do momento em que você coloca uma química no corpo, é necessário desfazer isso de forma segura.”
Ela também mencionou como a herança genética contribuiu para a sua condição psicológica: “Eu venho de uma família que tem esses transtornos mentais. Isso está no meu DNA, não tem como lutar contra. Então, sou uma pessoa que requer mais cuidado e atenção com minha saúde.”
A atriz, que se tornou referência de sensualidade para gerações passadas, utiliza hoje sua vivência para conscientizar e inspirar outras pessoas. Núbia reforça a relevância de tratar a saúde mental de maneira descomplicada, enfrentando estigmas e promovendo tanto o autocuidado quanto a procura por assistência profissional.