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Morto por Covid-19, Scatena revela que marido falava em despedida

Narrando uma viagem para a praia, Alessandra disse que ele falava sobre momentos para se guardar.

A apresentadora Alessandra Scatena contou que o marido, o empresário Rogério Gherbali, falava em tom de despedida antes mesmo de ser diagnosticado com a covid-19 — a doença comprometeu 75% do pulmão dele. Narrando uma viagem para a praia, Alessandra disse que ele falava sobre momentos para se guardar.

"Na praia, o Rogério falava paro Enrico [um dos filhos]: 'Está vendo esses momentos que estamos juntos? É isso que temos que guardar porque uma hora não estaremos mais juntos', e ele vinha falando isso com frequência", disse em entrevista à Dani Albuquerque. No depoimento, Alessandra contou que Rogério era super ativo com esportes, mesmo com a mania de falar que teria uma vida breve.

"Ele morreu com 56 anos, mas falava que não chegaria aos 54", completou. O empresário morreu em julho, vítima do coronavírus. A apresentadora lembra que foram momentos de tensão e tristeza desde a internação até a notícia da morte.

"Quando me ligaram dizendo que tinha sido entubado, meu mundo caiu. Foi de uma hora para outra, não esperava por isso", afirmou. Ela disse que o marido só sentiu-se mal no 14º dia. Desde então, com ele internado, ela não teve mais contato. Quando Rogério morreu, o hospital pediu para ela se encaminhar até o local. Ela ainda não havia recebido a notícia.

"Era quase 21h, estava indo para o banho, quando meu celular tocou. Me pediram para ir até lá. Gelei, perdi o chão de novo. Não conseguia chegar até o hospital, errava o caminho. Fui falando com Deus dentro do carro, chorando desesperadamente, porque estava na cara que ele tinha falecido", completou.

Dor diferente

A apresentadora era casada com o empresário há 23 anos. Ela lamentou que não pôde se despedir dele como gostaria em razão dos protocolos de segurança contra a covid-19. "Perder uma pessoa que você ama já é difícil em tempos comuns. Mas perder uma pessoa nesse momento é mais triste ainda", contou. A família autorizou a cremação do corpo de Rogério e pretende jogar as cinzas no mar. "Porque amávamos o mar. Mais como uma simbologia porque acreditamos que ele está em um lugar maravilhoso agora", lembrou ela.