As diversas cirurgias plásticas a que Michael Jackson (1958-2009) se submeteu ao longo de décadas eram motivadas por uma obsessão do cantor: parecer-se cada vez menos com o próprio pai, o empresário Joseph "Joe" Jackson, que havia abusado do popstar quando criança. Essa é a tese de um livro ainda inédito baseado em registros de Frank DiLeo, último empresário de Michael.
DiLeo morreu em 2011, aos 63 anos, mas um produtor e sócio dele, Mark Lamica, pretende publicar as memórias do amigo o quanto antes e já antecipou à imprensa algumas das revelações que seu livro promete fazer. "O Michael disse ao Frank numa conversa por telefone que não aguentava ver o rosto do próprio pai quando olhava no espelho. O Frank falou que ele precisava parar de alterar o rosto, porque estava ficando irreconhecível para os fãs. O Michael estava emotivo e disse ao Frank: 'Preciso cortá-lo fora, tenho de removê-lo. Ainda vejo Joseph quando olho no espelho. Eu tenho de arrancá-lo'", contou Lamica ao 'Page Six', seção de fofocas do jornal 'New York Post'.
O livro, chamado 'DiLeo: I Am Going to Set the Record Straight' (em tradução livre, "DiLeo: Vou Pôr o Disco para Tocar Direito"), compila informações de áudios, vídeos e diários de Frank DiLeo.
"O Michael não aguentava ficar perto do pai", acrescenta Mark Lamica. "Quando ele apareceu no meio da turnê 'Bad' [1987-1989], o Michael teve crises de pânico."
A obra, a ser lançada no outono do hemisfério norte (que começa em 23 de setembro de 2015), deve ainda apontar quais pessoas enganaram e humilharam o rei do pop, além de problemas que o músico enfrentava com relação a suas propriedades.