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Maria Zilda diz que quer ser cremada: "Para os amigos me cheirarem"

Bissexual assumida, a estrela foi uma das mulheres mais cobiçadas de sua geração na televisão

Maria Zilda Bethlem - A Caçadora de Amor escancara a vida amorosa da atriz, de 66 anos. Bissexual assumida, a estrela foi uma das mulheres mais cobiçadas de sua geração na televisão. Sem nenhum pudor, a artista expõe seus affairs com famosos que vão de José de Abreu ao ícone pop Prince (1958-2016) no livro de memórias que, ela reforça, não é uma autobiografia.

"Revelo intimidades que as pessoas têm curiosidade, que não me importo em dizer. Não devo nada a ninguém. Não estou com idade de fazer uma autobiografia ainda, mas tenho um pouco de história para contar", avisa Maria Zilda, aos risos.

Dentre as inúmeras curiosidades, o desejo da atriz para o destino de suas cinzas após a morte talvez seja a mais, digamos, inusitada.

''Já fiz um documento doando todos os órgãos saudáveis do meu corpo. Quero ser cremada e distribuída em pequenas caixinhas para os poucos amigos que me restam. Para eles me cheirarem num momento de loucura. Tenho certeza de que vou dar onda'', disse ela. 

Outra das muitas boas histórias relatadas, até então inédita, é de quando posou para a Playboy, em 1985. Menstruada, Maria Zilda precisou usar um absorvente interno durante o ensaio fotográfico nu, realizado em Arraial D'Ajuda (BA).

"Quando fomos ver as fotos, percebemos que o fio do absorvente tinha aparecido em várias. Refizemos tudo", conta ela, relembrando que não existiam, à época, ferramentas de edição de imagens.

A sessão também lhe rendeu aventuras sexuais com o fotógrafo Antonio Guerreiro e um anônimo local. "Claro que ficar pelada ao lado de alguém o dia inteiro pode acontecer de rolar um clima... E foi o que aconteceu! Eu e Antonio tivemos um caso de amor, com direito a ciúmes quando tive uma aventura com uma pessoa nativa", entrega.

O livro ainda traz reproduções de depoimentos picantes sobre ela feitos por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Nelson Motta. As declarações foram para a edição comemorativa de 10 anos da Playboy..

 TV Globo/ Estevam Avellar 

Amor de novela 

Os romances dariam um livro à parte. Em 1991, quando Prince veio tocar no Rock in Rio, Maria Zilda o conheceu na Hippopotamus, casa noturna do empresário Ricardo Amaral, muito badalada nos anos 90. O flerte rendeu até um convite para ela assistir ao astro em Nova York, com tudo pago, claro.

"Ele estava interessado em mim desde o Rio. Tanto que ele me mandou as passagens, a hospedagem e seis ingressos para o show, no Radio City Hall. Depois da apresentação, encontrei com ele e rolou. Não cito o romance no livro porque tem coisas que se subentendem. Deixo para a imaginação das pessoas".

Arquivo/Hippopotamus.

Já com José de Abreu, a atriz conta detalhes e afirma que só ficou sabendo do status de relacionamento dele depois. Assim como seu personagem atualmente em A Dona do Pedaço, Zé era casado (com a atriz Nara Keiserman) e a traição com Maria Zilda foi nos bastidores de filmagem de A Intrusa, em Uruguaiana (RS), no final dos anos 70.

"Ele me contou que era casado e voltou para casa dele. Depois apresentei ele para o Roberto Talma. Ele entrou na Globo pelas minhas mãos, mas nunca foi grato a isso", ressente-se.


A atriz diz que é comum se relacionar com alguém do próprio elenco. Quando estão gravando, os artistas costumam passar mais tempo com os colegas de trabalho do que com a família.

''Amor de novela é uma coisa que acontece. O ator passa 12 horas comigo e três com sua mulher. E tem viagem, passamos momentos difíceis juntos. Isso tudo gera união, cumplicidade e, às vezes, rola um clima".

Com uma trajetória recheada de amores, desde que se separou da arquiteta Ana Kalil, há dois anos, Maria Zilda está solteira. A atriz diz que decidiu dedicar um tempo a si mesma e à elaboração da obra, numa grande viagem interior.

"Passei minha vida inteira, desde os 17 anos, trabalhando, casando, cuidando de filho, fazendo novela, teatro e cinema. Quando me separei, decidi que era o momento de cuidar de mim e me dedicar a um projeto meu e fiz o livro".

(Por: UOL)