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Marcos Nanini fala sobre sexualidade: "Experimentei e vi que esse era meu caminho"

O ator também destacou que a exposição de sua orientação sexual não trouxe impactos significativos para sua carreira

O ator Marcos Nanini, de 77 anos, compartilhou reflexões sobre sua sexualidade, trajetória de vida e relacionamento em entrevista à revista Quem. Conhecido por seu trabalho no teatro e na televisão, ele contou que se assumiu ainda na juventude, durante uma conversa direta com os pais.

O que ele disse?

“Eu contei para eles quando tive certeza. Fiz uma reunião com meu pai e minha mãe e falei: ‘Olha, a situação é a seguinte’. Eles ficaram chocados, mas no fundo não tive problemas”, relatou.

Foto:Reprodução/Instagram

Apesar de se entender desde jovem, ele afirma que sua vivência com a sexualidade foi construída ao longo do tempo. 

“Não acho que eu era um menino gay… Quer dizer, eu não tinha sexualidade nenhuma. Quando fui ficando mais velho, que a sexualidade foi se tornando algo mais presente, experimentei e vi que esse era meu caminho. Já tive experiências com mulheres também, mas à medida que fui experimentando me relacionar com homens, tive certeza.”

Nanini também destacou que a exposição de sua orientação sexual não trouxe impactos significativos para sua carreira. “Eu nunca escondi. Se as pessoas percebiam ou achavam algo, tanto faz.”

Foto:Reprodução/Instagram

Neste ano, o ator confirmou presença pela primeira vez na Parada LGBT+ de São Paulo. Ele afirmou que sua decisão está relacionada ao tema do evento e ao entendimento mais profundo da luta por direitos. “Decidi ir justamente pelo tema. A luta do movimento LGBT+ é tão grande e tão violenta, no bom sentido? Hoje percebo isso, então decidi mudar minha atitude.”

Casado há 36 anos com o produtor cultural Fernando Libonati, o artista explicou que mantém uma relação aberta. Eles vivem em casas separadas e compartilham uma relação baseada na liberdade e no respeito mútuo. 

Foto:Reprodução/Instagram

“Tenho uma relação muito forte, muito grande com ele. Somos casados, mas moramos em casas separadas. Eu nunca tive ciúme. Acho o ciúme uma desgraça, uma coisa horrorosa, então sempre falei: ‘por que eu vou me aprisionar? Aprisionar uma pessoa que gosto?’”

Segundo Nanini, esse modelo de relacionamento sempre fez parte de sua vida.

 “Todas as pessoas com quem me relacionei eram abertas, todos podiam fazer o que quisessem. Não precisava me contar, nem eu precisando contar, não precisava ficar de fofoca comigo, mas sempre achei a coisa mais interessante. Não é para cair na gandaia, não é, não se trata disso; é você poder ser tudo que você é, do jeito que você é, sem problema nenhum”, completou.

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