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Lais Souza acaba namoro com mulher e diz "Com certeza vou voltar a andar"

Lais Souza fala de fim de namoro com mulher e diz: 'Certeza de voltar a andar'

Lais Souza viu sua vida dar uma reviravolta após o grave acidente de esqui sofrido em janeiro do ano passado, que a deixou sem o movimento das pernas. Nesta quarta-feira (25), a ex-ginasta, de 26 anos, falou sobre sua saúde, revelou o preconceito vivido desde que assumiu seu namoro com uma mulher, e reclamou de estar sendo rotulada.


"As pessoas acham que o que mais mudou na minha vida foi o sexo. Gente, nem de longe essa é a questão! Sou bissexual e todo mundo sempre soube disso em casa – mas as pessoas em geral só souberam agora, porque acabei deixando escapar numa entrevista. Nunca achei importante falar publicamente disso. O que tem demais eu já ter namorado homens e mulheres? Como disse, quando sofri o acidente estava começando um relacionamento com uma mulher, só que o namoro acabou já no início da recuperação. Preciso focar em melhorar", desabafou a ex-atleta em entrevista à revista "Glamour".

Ela também acrescentou que o romance com a mulher, que não teve a identidade revelada, chegou ao fim, e se declarou bissexual: "Hoje estou solteira. Mas o sexo é normal: posso beijar, transar e amar da mesma forma. Acontece que esse assunto me chateia. Desde que sofri o acidente, ganhei muitos rótulos. Primeiro, era a atleta acidentada. Depois, a atleta paraplégica. Agora, sou a atleta gay. Eu sou 'só' a Lais Souza! Por que minha opção sexual tem que ser manchete? Quebrei o pescoço, poxa! A gente precisa de manchetes pra isso, pra que cada vez existam mais pesquisas que me tirem da porcaria dessa cadeira", disse a brasileira, que pensa em continuar seu tratamento nos Estados Unidos.

Ex-atleta acredita que voltará a andar

Empenhada na luta para voltar a andar, Lais, que começou um tratamento pioneiro de células-tronco e ganhou um carro adaptado de Luciano Huck em dezembro, se diz otimista com o avanço da medicina. À publicação, ela acredita que pode voltar a ter o movimento das pernas.

"Resolvi me focar nas minivitórias. A primeira foi respirar sem aparelhos. Como o impacto na medula tinha feito meu diafragma parar de funcionar, tive que fortalecê-lo. Por isso, eu cantava Ana Carolina o dia inteiro no hospital... Tatuei no meu punho um cadeirante se levantando – símbolo do Miami Project e que sou eu! Tenho certeza de que vou voltar a andar", disse ela. No "Fantástico", a brasileira experimentou o surfe adaptado para deficientes e aprovou a aula.