Após seu nome se tornar um dos mais comentados nas redes sociais, Klara Castanho rompeu o silêncio se manifestou neste sábado (25). A atriz, de 21 anos, admitiu que engravidou após ter sido estuprada e entregou a criança para adoção. Além disso, ela também diz ter sofrido com o descaso da equipe médica e das enfermeiras que a atenderam no parto.
A pressão em cima de Klara começou quando Antonia Fontenelle usou suas redes sociais para falar que uma ex-atriz mirim da Globo tinha engravidado e entregado o filho para a adoção. De uma maneira fria e debochada, a viúva de Marcos Paulo ainda disse que a jovem "não quis olhar para o rosto da criança" e que ela implorou a Leo Dias para não publicar a notícia.
TikTok. Um monte de "infuenciadores" desesperados em visualizações montaram um verdadeiro dossiê para afirmar que a atriz em questão era Klara Castanho. Diante de tantas informações erradas e ataques de ódio que começou a sofrer, ela resolveu contar a verdade. A atriz publicou uma carta aberta em seu perfil do Instagram.
Uma maldade sem fim que chegou ao"Este é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada", começou ela.
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"Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família, nem dos meus amigos. Estava completamente sozinha", continuou Klara.
Ela relatou que tomou a pílula do dia seguinte, fez alguns exames e tentou reconstruir sua vida após este triste episódio. Além do trauma, ela começou a passar muito mal. O médico, na ocasião, sugeriu uma série de diagnósticos. Foi no meio de uma tomografia que ela descobriu que estava grávida.
"Fui informada que eu gerava um feto no meu útero. Sim, eu estava quase no término da gestação quando eu soube. Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso e nem barriga", comentou.
Ver esta publicação no InstagramKlara disse que o médico que a atendeu não teve empatia com seu relato de estupro e ainda disse que ela deveria amar a criança pelo fato de ter 50% de seu DNA. Entre o momento em que descobriu a gravidez e o dia do parto se passaram poucos dias. Neste período, ela procurou ajuda jurídica para entregar o bebê para adoção assim que nascesse. E assim o fez.
Klara relatou que no dia do nascimento, enquanto ainda estava sob efeitos da anestesia, ela ouviu uma enfermeira dizer a seguinte frase: "Imagina se tal colunista descobre essa história".
"Você não têm noção da dor que eu sinto. Tudo o que fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança", afirmou. "Como mulher, fui violentada primeiramente por um homem e, agora, sou reiteradamente violentada por tantas outras pessoas que me julgam. Ter que me pronunciar sobre um assunto tão íntimo e doloroso me faz ter que continuar vivendo essa angústia que carrego todos os dias."