MÔNICA BERGAMO - SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O estilista libanês Elie Saab desembolsou R$ 317.526,00 para conseguir liberar, junto à Receita Federal, 19 vestidos, uma jaqueta e quatro bolsas de sua grife de luxo. Os itens forem apreendidos pelo órgão na segunda-feira (27), durante a sua passagem pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Como revelou a Folha de S.Paulo, as peças serão usadas em um evento imobiliário com show do cantor Seu Jorge, fechado para 400 convidados, na noite desta quarta-feira (29). O estilista assina o design de um empreendimento na zona sul paulistana, o"Saffire Residences by Elie Saab", e veio ao país para participar de seu lançamento.
"A marca Elie Saab afirma que as peças trazidas ao Brasil na segunda-feira são peças de acervo que serão apresentadas hoje em exposição durante o lançamento do Saffire Residences by Elie Saab em São Paulo, e retornarão nos próximos dias a Paris. Estas foram liberadas mediante cumprimento de todas exigências da legislação Brasileira", afirma a grife, em nota.
Saab já vestiu personalidades como Beyoncé, Halle Berry e a ex-primeira-dama dos EUA Melania Trump. Ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos no início desta semana, ele teria se dirigido à fila dos passageiros que optam por não declarar o conteúdo de suas bagagens e, por isso, não preencheu a declaração de bagagem acompanhada. Com isso, seus bens acabaram retidos.
Um servidor da Receita afirmou, a princípio, que as peças foram avaliadas com a importância total de US$ 38 mil (cerca de R$ 196 mil) -e que só poderiam ser liberadas após o pagamento desse mesmo valor.
A defesa de Elie Saab chegou a apresentar um mandado de segurança à Justiça para conseguir a liberação do vestuário em tempo do evento, mas optou por pagar todos os impostos cobrados pela Receita para agilizar o processo.
Uma restituição do valor será solicitada posteriormente junto ao Poder Judiciário, já que os vestidos, as bolsas e as jaquetas serão usadas apenas no evento e não permanecerão no país.
Elie Saab está sendo representado no Brasil pelo advogado e ex-secretário da Justiça Fernando José da Costa. No mandado de segurança, o defensor argumenta que vetar a liberação das peças seria o mesmo que proibir um designer responsável por veículos da Ferrari de lançar um empreendimento e não apresentar o item pelo qual mais é conhecido: um de seus automóveis.