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Alberico de Sousa Cruz, ex-diretor de Jornalismo da Globo morre aos 84 anos

Há dois anos e meio, o jornalista recebeu diagnóstico de leucemia e estava internado há uma semana com complicações da doença

Alberico de Sousa Cruz, ex-diretor de Jornalismo da Globo, morreu nesta terça-feira (10), aos 84 anos. Há dois anos e meio, o jornalista recebeu diagnóstico de leucemia e estava internado há uma semana na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio, com complicações da doença.

Alberico de Sousa Cruz se criou na fazenda dos pais, em Minas Gerais. O mineiro de Abaeté se formou em Direito, mas seguiu outro caminho. Seu nome ficou conhecido por ser um dos jornalistas mais atuantes do país. Passou por algumas escolas, como o Jornal da Cidade, o Binômio e a sucursal mineira da Última Hora. Ainda trabalhou no Jornal do Brasil, na Revista Manchete, Na Última Hora, em Brasília, na Revista Veja. e O Jornal, dos Diários Associados.

Alberico de Sousa Cruz foi um dos jornalistas mais atuantes do Brasil | FOTO: Arquivo/Globo

Trajetória na Globo

Alberico chegou à Globo em 1980, convidado por Armando Nogueira para ser o diretor de Jornalismo da emissora, em Minas Gerais. Dois anos depois, tornou-se diretor de Telejornais Comunitários da Central Globo de Jornalismo, no Rio.

Participou de algumas das mais importantes coberturas jornalísticas, como a morte do presidente eleito Tancredo Neves, em 1985.

O jornalista assumiu o cargo de diretor de Telejornais de Rede, em 1987. Em abril de 1990, Alberico de Sousa Cruz substituiu Armando Nogueira na direção da Central Globo de Jornalismo.

Jornalista morreu aos 84 anos | FOTO: Reprodução/Globo

Um dos destaques da época foi a cobertura da Guerra do Golfo, em 1991, com repórteres em Israel, Jordânia, Iraque e Estados Unidos.

“Cobrimos a guerra como qualquer televisão americana estava cobrindo. foi um sucesso. tinha o Dornelles em Tel Aviv, bomba caindo; o [Pedro] Bial, Silio Boccanera , Paulo Henrique [Amorim], todo mundo participando da cobertura.”, disse o jornalista em entrevista. 

As eleições presidenciais americanas de 1992, ancoradas pelo Jornal Nacional, de Nova York , e a Conferência do Clima, a Eco 92, no Rio de Janeiro, um acontecimento planetário, com a participação de 102 chefes de estado, foram algumas das coberturas especiais comandadas por Alberico.

No mesmo ano, também foi dele a decisão de levar a primeira mulher à bancada do JN, Valéria Monteiro.

Ficou na Globo até 1995. Depois, tornou-se sócio de um canal de TV a cabo regional e comandou o jornalismo da Rede TV até se aposentar, em 2002.

Alberico deixa mulher, Regina, duas filhas, Cristiana e Janaína, e três netos.