Segundo um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Oxford, em conjunto com a Universidade de Exeter, no Reino Unido, há uma relação estreita entre a dieta da mãe e o sexo do bebê.
Durante o estudo, foram observadas mais de 700 gestantes durante todo o período da gravidez. Metade delas ingeriu alto teor de açúcar e de calorias durante a gestação, enquanto a outra metade seguiu uma dieta com menor teor calórico e com menos açúcar. Ao final da pesquisa, constatou-se que 56% das mães que ingeriram maior quantidade de açúcar tiveram meninos e 45% daquelas que seguiram uma dieta restrita deram à luz meninas.
Embora o sexo da criança seja geneticamente determinado pelo pai, a pesquisa confirma a hipótese de que altos níveis de glicose no sangue encorajam o desenvolvimento e crescimento de embriões masculinos e inibem os femininos. O próximo passo da pesquisa é entender como esse mecanismo funciona em países subdesenvolvidos, em que a dieta é sempre mais restrita.
Para os pesquisadores, os resultados obtidos podem ser o caminho para explicar a redução do nascimento de meninos em países subdesenvolvidos nos últimos anos.
A nutricionista Ellen Simone Paiva, explica que a ingestão de açúcar é essencial para o desenvolvimento de bebês saudáveis, mas vale ressaltar que alterações significativas nas taxas de açúcar no sangue podem ocasionar diabetes gestacional. "Este tipo de diabetes pode atingir até 7% das grávidas, mas não impede uma gestação tranquila, quando é diagnosticado precocemente e recebe acompanhamento médico, durante a gestação e após o nascimento do bebê. Mas caso não seja tratada, pode afetar mãe e feto", diz.