Dois dias após ser atropelada junto com a filha de 4 meses em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, Taís Menezes de Moraes Pinto, 20 anos, resolveu parar de trabalhar momentaneamente para não sair do lado da criança. O acidente aconteceu na manhã de terça-feira (11), quando Taís atravessava a Avenida São Miguel para pegar ônibus. Segundo a jovem, a motorista passou no sinal vermelho. O bebê ficou preso no capô do carro e foi encontrado cerca de meia hora depois, a 500 metros do local do acidente.
?Esperei o sinal ficar vermelho, veio o carro e me atropelou. Na hora do impacto do carro a minha filha caiu dos meus braços. Eu caí no chão e achei que ela também tinha caído. Levantei com tudo para procurá-la. As pessoas disseram que ela ficou enroscada no capô do carro, mas a motorista não parou?, contou a mãe da criança.
?Quando fiquei sabendo que minha filha tinha ficado no carro eu achei que tudo tinha acabado para mim, achei que ela não ia sobreviver. Eu fiquei desesperada, igual louca gritando na rua, achei que ia perder minha filha?.
A criança só foi encontrada após a chegada da polícia e uma busca por hospitais da região. Um dos policiais escutou um choro de bebê e encontrou Thalya no canteiro central da avenida, a cerca de 500 metros do local onde mãe e filha foram atropeladas. ?Ali tem uma curva, então minha filha deve ter caído do carro. Achei que quando a encontrasse ela já ia estar sem vida. Foi sorte, tudo foi sorte, esse acidente foi Deus que salvou.?
A jovem só se acalmou quando os bombeiros disseram que Thalya havia sofrido apenas alguns arranhões. A equipe de resgate disse à mãe que sua filha nasceu de novo. Em seguida, as duas foram para o hospital. Taís teve alguns hematomas por causa do impacto da batida e sua filha ficou em observação por 12 horas.