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Consumo de gordura trans pela mãe prejudica o bebê

A gordura é passada pelo leite materno, e pode causar obesidade

Mulheres que estão amamentando e tem uma dieta rica em gorduras trans dobram as chances de seus filhos terem altos níveis de gordura corporal na infância, e desenvolverem obesidade infantil nos primeiros anos de vida, diz um estudo da Universidade da Georgia.

O estudo observou 96 mulheres que estavam amamentando os filhos durante os últimos meses de gestação e durante os primeiros meses de vida dos bebês. Também foi feito um questionário sobre os tipos de alimentos que cada mãe consumiu diariamente. Eles separaram as participantes em três grupos: mães que consumiam altos níveis de gorduras trans, mulheres que consumiam pequenas quantidades de gorduras trans e aquelas que não ingeriam esse tipo de gordura.

Os pesquisadores descobriram que o consumo de 4,5 gramas de gordura trans diariamente pelas mães duplicam as chances de os filhos terem problemas de peso na infância, se comparados aos bebês que foram amamentados por mulheres que tinham uma dieta mais saudável.

Também foi descoberto que, mesmo aquelas mulheres que tinham uma alimentação adequada durante a gravidez e passaram a consumir gorduras trans após o nascimento do filho, prejudicavam a saúde do bebê. Isso prova que a gordura trans, como várias outras substâncias, é transferida da mãe para o filho por meio da amamentação.

De acordo com os cientistas, relaxar na alimentação após o nascimento do bebê é normal. Muitas mães controlam a vontade de comer alimentos não saudáveis durante os nove meses de gestação, mas tiram o atraso após o nascimento da criança.

Os malefícios desse tipo da gordura trans no bebê são graves. Além de aumentar a porcentagem de gordura, ela causa um quadro de obesidade infantil muito difícil de ser revertido nos primeiros anos de vida, o que aumenta as chances da criança ter problemas vasculares, cardíacos e psicológicos.

Fique de olho neles

Quando o foco é voltado para os alimentos que devem ser evitados durante a fase de amamentação, o nutrólogo do Hospital e Maternidade São Luiz, Celso Cukier, cita aqueles ricos em carboidratos simples. Assim, vale maneirar no consumo de bolos, tortas, biscoitos e chocolates. "Esses alimentos fornecem uma energia que não é muito bem aproveitada. Além disso, não oferecem fibras", explica.

O nutrólogo aconselha ainda evitar frituras e demais preparações que levam muita gordura. Sem auxiliar em nenhum aspecto, tais alimentos somam muitas calorias. Além disso, não exagere nos alimentos que levam muito sal, como os enlatados. O excesso de sal colabora para a retenção de líquido e pode modificar a pressão arterial , afirma ele, lembrando que as doses de sal não devem ultrapassar 2,3 gramas por dia.