Como cultura, nós nos distanciamos demais do conhecimento a respeito do que está na outra ponta dos nossos garfos: de onde aquilo veio, como foi cultivado e quais passos foram seguidos até a sua preparação final. Os dois primeiros dilemas fizeram crescer o interesse pelo rastreamento da comida e maneiras mais sustentáveis de produzi-la. Mas, enquanto esses são hoje os aspectos mais visíveis da correção alimentícia, a questão da preparação está ali, à espreita.
Comer em casa é poderoso. É um pequeno ato de autossuficiência, mas, se feito diariamente, adiciona uma enorme medida de controle na nossa dieta. Não apenas bem-estar individual, mas mais pessoas cozinhando em casa pode ter impactos de alcance muito maior. Isso tem o potencial de aumentar a atenção sobre comidas mais sustentáveis, diminuir a geração de lixo, tornar mais variada a oferta de alimentos na comunidade, o que ajuda a moldar todo o sistema de produção de comida. E, com o modo de vida e cultura baseados na conveniência, o hábito de cozinhar em casa está cada vez mais ameaçado.
Cerca de metade do que comemos hoje nos EUA é preparado longe de casa. E esse é um hábito que irá contagiar as gerações futuras. Reverter a tendência não significa apenas recuperar a nossa tradição da comida caseira. Pode ser uma alternativa financeiramente muito mais viável para muitas famílias.
Hoje enfrentamos o problema de as escolhas mais saudáveis serem mais caras que suas concorrentes convencionais. O movimento pela comida sustentável ainda é novo. Muita gente adota o mais barato, mesmo que possa enfrentar problemas éticos e o fato de que a iguaria comprada possa não ser livre de pesticidas ou que não tenha sido criada em um ambiente minimamente humanizado.
Comprar ingredientes crus vindos de um mercadão, em vez de comida pronta oferecida pela franquia de fast food mais próxima, vai além de obter uma alimentação mais saudável para a pessoa e para o ambiente. Ao comprar ingredientes com frequência, o consumidor fica com maior percepção das opções, a partir do momento em que lida com elas nas prateleiras. Com as economias oriundas do hábito de cozinhar em casa, vai ficar mais fácil comprar comida sustentável, mesmo que ela seja mais cara.
A maioria dos alimentos consumidos nos EUA vem de cadeias de fast food. Muito disso é apenas coletado no restaurante e consumido em outro lugar. Tornar esse mecanismo viável exige uma montanha de embalagens descartáveis. Cerca de um terço do lixo americano resulta dessas embalagens. Tudo isso é jogado fora e aumenta a pilha de dejetos.
Por outro lado, a comida caseira também não está livre de gerar dejetos, mas em geral esses itens têm mais chances de ser limpos e reciclados. E a comida preparada com esses ingredientes pode alimentar mais de uma boca.
Hoje, mesmo nas grandes cidades, pode ser difícil encontrar lojas que vendam comida fresca e saudável. Esses ?desertos alimentícios? quase sempre são tomados pelo fast food. Para ao menos atenuar essa tendência e criar uma demanda na comunidade, basta mudar os hábitos regulares de compra. Apesar de haver iniciativas conjuntas, tudo pode começar com pedidos pessoais e individuais.
Os donos de empórios, mercados e quitandas podem até querer vender opções mais sustentáveis, mas ainda não tiveram uma razão que os convencesse de que os produtos não encalhariam. Com o poder convertido em números, a variedade de comida pronta pode aumentar para toda a comunidade. E, com mais pessoas optando por cozinhar em casa e comprando ingredientes crus, crescerá a demanda por produtos mais sustentáveis e responsavelmente criados. Isso vai dar força aos fazendeiros mais conscientes e criar novas metas para o sistema de produção de alimentos. Uma bocada por vez.
Comprar ingredientes crus vindos de um mercadão, em vez de comida pronta oferecida pela franquia de fast food mais próxima, vai além de obter uma alimentação mais saudável para a pessoa e para o ambiente. Ao comprar ingredientes com frequência, o consumidor fica com maior percepção das opções, a partir do momento em que lida com elas nas prateleiras. Com as economias oriundas do hábito de cozinhar em casa, vai ficar mais fácil comprar comida sustentável, mesmo que ela seja mais cara.
A maioria dos alimentos consumidos nos EUA vem de cadeias de fast food. Muito disso é apenas coletado no restaurante e consumido em outro lugar. Tornar esse mecanismo viável exige uma montanha de embalagens descartáveis. Cerca de um terço do lixo americano resulta dessas embalagens. Tudo isso é jogado fora e aumenta a pilha de dejetos.
Por outro lado, a comida caseira também não está livre de gerar dejetos, mas em geral esses itens têm mais chances de ser limpos e reciclados. E a comida preparada com esses ingredientes pode alimentar mais de uma boca.
Hoje, mesmo nas grandes cidades, pode ser difícil encontrar lojas que vendam comida fresca e saudável. Esses ?desertos alimentícios? quase sempre são tomados pelo fast food. Para ao menos atenuar essa tendência e criar uma demanda na comunidade, basta mudar os hábitos regulares de compra. Apesar de haver iniciativas conjuntas, tudo pode começar com pedidos pessoais e individuais.
Os donos de empórios, mercados e quitandas podem até querer vender opções mais sustentáveis, mas ainda não tiveram uma razão que os convencesse de que os produtos não encalhariam. Com o poder convertido em números, a variedade de comida pronta pode aumentar para toda a comunidade. E, com mais pessoas optando por cozinhar em casa e comprando ingredientes crus, crescerá a demanda por produtos mais sustentáveis e responsavelmente criados. Isso vai dar força aos fazendeiros mais conscientes e criar novas metas para o sistema de produção de alimentos. Uma bocada por vez.
por Cathy Erway - Revista Galileu