Cientistas especializados em pesquisas com células-tronco descobriram uma forma de transformar em sangue a pele humana, o que representa um avanço no tratamento do câncer e outras doenças, segundo um estudo canadense publicado neste domingo (7).
Os cientistas extraíram células de um pedaço de 4 cm por 3 cm de pele humana adulta e as transformaram em células sanguíneas com a mesma informação genética, sem recorrer a células-tronco embrionárias, destacou o trabalho, publicado na revista científica Nature.
Evitar os complicados e polêmicos métodos com as células-tronco embrionárias para produzir sangue permitiu simplificar o processo, explicaram os cientistas.
O autor do trabalho, Mick Bhatia, do Instituto McMaster de Pesquisas sobre Câncer e Células-tronco, da Escola de Medicina Michael G. DeGroote em Hamilton, Província de Ontário, no Canadá, diz que o futuro da técnica é promissor.
- Acreditamos que no futuro poderemos gerar sangue de forma muito mais eficiente.
A perspectiva de poder criar sangue para um paciente com sua própria pele permite pensar que algum dia aqueles que precisam de transfusão não dependerão mais de bancos de sangue.
Também permitirá que os doentes suportem tratamentos mais longos de quimioterapia, sem as interrupções que atualmente são necessárias para que o corpo possa se regenerar.