Um laudo conclusivo da Polícia Civil constata que o casal encontrado em uma pousada em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, morreu asfixiado por monóxido de carbono, de acordo com o chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, delegado Wagner Pinto. Segundo informou o delegado nesta terça-feira (19), exames toxicológicos apontaram a presença de carboxihemoglobina no sangue, na concentração de 62%, em Alessandra Paolinelli, de 23 anos, e de 68% em Gustavo Ribeiro, de 22 anos. Este elemento indica a intoxicação por monóxido de carbono, que é um gás inflamável e sem cheiro.
Ainda segundo informações do delegado Wagner Pinto, o laudo divulgado põe fim à hipótese de morte seguida por suicídio. ?A partir de agora, a polícia vai prosseguir nas investigações para definir uma eventual culpa. Dependemos do laudo da engenharia legal, que vai apurar se havia algum problema na lareira ou foi se mau uso dos hóspedes?, disse o delegado. A Polícia Civil aguarda laudos da engenharia e da perícia feita no quarto, que vão constatar se a lareira do quarto em que os universitários dormiram foi construída de forma correta ou se foi usada de maneira errada pelos jovens.
O advogado da pousada onde os corpos foram encontrados, Fernando Júnior, afirma que ainda não teve acesso ao laudo, mas deve buscar o documento nesta terça-feira (19). ?Cabe à polícia definir se existe eventual culpado?. A defesa informou que vai se posicionar sobre o caso assim que o inquérito for concluído. ?A pousada tem oito anos e nunca teve este tipo de problema. Sempre disponibilizou manuais para os materiais?, completa o advogado.
Entenda o caso
Um casal de universitários de 22 e 23 anos foi encontrado morto pela polícia, no dia 17 de março, dentro de uma pousada de luxo em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil, os dois comemoravam um ano de namoro. Sem notícias dos jovens, a família registrou uma ocorrência de desaparecimento na madrugada na quinta-feira (17).
Segundo a delegada Cristina Coeli, o último contato dos jovens com os funcionários da pousada foram na noite do dia 15 de março. Segundo ela, o hotel não notou a ausência dos hóspedes porque os chalés são isolados e eles não fizeram pedidos no quarto.