Arte e Fest


Atualizado em

‘Antonia – Uma Sinfonia’ estreia nesta sexta-feira

Longa chegará primeiro em serviços premium, em compra antecipada e pré-lançamento

“Antonia – Uma Sinfonia”, da diretora e roteirista holandesa Maria Peters, estreia nesta sexta-feira, 21 de agosto, nos serviços premium das principais plataformas de VOD. Assim, o longa se equipara aos grandes sucessos do cinema, sendo disponibilizado primeiro como pré-lançamento para locação.

O filme reconta a trajetória de Antonia Brico (Christanne de Bruijn), a primeira mulher a reger com sucesso uma grande orquestra, na década de 1930. A diretora comenta que há muito tempo sentia vontade de realizar um filme sobre sua conterrânea, dando luz à história de uma mulher que rompeu com os padrões estritamente masculinos da música erudita. “Infelizmente, a obscuridade é um destino que muitas artistas femininas já tiveram ao longo dos tempos. Talvez seja esse esquecimento que mais me estimule a escrever e dirigir essa história. A vida notável de Antonia Brico deve ser uma fonte de inspiração”, afirma Maria Peters.

Ainda criança Antonia se muda com seus pais da Holanda para os Estados Unidos. Em 1926, aos 24, anos a jovem já sonhava em se tornar maestrina, mas nem mesmo seu professor de piano a estimulava. Disposta a tudo e sem nada a perder, ela volta à sua terra natal e implora por uma chance ao famoso maestro Willem Mengelberg.


Desconfortável com a situação, ele a envia para Berlim onde, contrariando todas as expectativas, ela tem a chance de estudar na Academia Estadual de Música e se torna a primeira mulher a reger a Orquestra Filarmônica de Berlim. Mas, nada na vida de Antonia seria fácil; quando finalmente seu sonho parece próximo, o amor de sua vida a coloca numa posição de difícil escolha.

Para a diretora, além de uma inspiração, a vida de Antonia Brico serve como uma reflexão também para os dias atuais: “Hoje, parece que não existem grandes maestrinas no mundo. Elas estão totalmente ausentes do top 20 dos regentes mais famosos. As artistas do sexo feminino devem se contentar com um lugar à margem. Sempre foi assim. E se não fizermos nada a respeito, continuará sendo assim”, comenta Peters.