Um estudo publicado no NCBI revelou que é possível, sim, que uma alergia ao sêmen se manifeste em algumas mulheres. O responsável por isso parece ser um dos componentes proteicos existentes no líquido seminal humano. Ainda assim, de acordo com o especialista em reprodução e ciência clínica Michael Carroll, o sêmen é repleto de outras proteínas e biomoléculas, por isso ainda é difícil culpar apenas uma proteína pela incidência de reações alérgicas.
Outro fator que pode contribuir para a hipersensibilidade é a dieta do homem. Em um estudo de caso sobre o tema, descobriu-se que uma mulher alérgica a castanhas teve uma relação alérgica após fazer sexo desprotegido com o seu namorado, que tinha comido castanha-do-pará.
Os sintomas da reação alérgica ao sêmen incluem coceira, vermelhidão, sensação de queimação e inchaço tanto na vagina quanto na vulva. Além disso, é possível que a alergia se manifeste através de urticárias, dificuldades respiratórias e feridas.
Esses sintomas costumam aparecer logo após a relação sexual desprotegida e duram, geralmente, até 24 horas. Uma das formas de saber se uma mulher tem essa alergia é ver se os indícios de alergia se manifestam mesmo quando o parceiro usa camisinha nas relações sexuais. Além disso, exames de sangue e de pele podem comprovar que a mulher é alérgica.
Se o casal está fazendo sexo sem camisinha com o objetivo de engravidar, não há com o que se preocupar: essas reações alérgicas não dificultam nem impedem a gravidez. Vale lembrar que é possível ir ao médico, explicar o caso e pedir para que ele recomende algum medicamento antialérgico que, se tomado poucos minutos antes da relação sexual, evita a reação.