A equipe do Projeto Balde Cheio Piauí deu uma palestra nessa quinta-feira dia (08) na Secretaria Municipal de Educação. A Palestra foi voltada para os produtores de Leite de Inhuma. O Projeto Balde Cheio Piauí tem o objetivo de promover o desenvolvimento da pecuária leiteira via transferência de tecnologia para os técnicos extensionistas. Aplicando uma metodologia inovadora, onde uma propriedade leiteira de cunho familiar é utilizada como ? Sala de Aula Prática ?, com as finalidades de reciclar o conhecimento de todos os envolvidos (Pesquisadores, técnicos e produtores) e, ao mesmo tempo, servir como exemplo, ao demonstrar a viabilidade técnica, econômica social e ambiental da produção de leite nesse tipo de esclarecimento.
Metodologia que se vale de tecnologias para produzir leite com menor custo tem colocado pequenas propriedades dos municípios do interior do Estado entre as mais produtivas. Há dois anos no projeto de transferência de tecnologia, Balde cheio, municípios como Parnaíba, Cocal e Miguel Leão, têm aumentado a produção em pelo menos 50%.
O projeto Balde Cheio está presente em 20 municípios do Estado e tem duração de 4 anos, capacitando técnicos e produtores. Em dois anos de atuação, o projeto, segundo um de seus coordenadores, Walter Silas, da Secretaria de Desenvolvimento Rural, tem demonstrado bons resultados. É o caso do sítio Santa Maria, em Parnaíba, que começou do zero e hoje produz 400 litros de leite em 2 hectares de terra, ficando entre uma das maiores propriedades produtoras de todo o Brasil.
Segundo Valter, em Cocal, outra propriedade, do produtor Eliéser Quaresma e Silva, de 50 anos e a sua esposa Maria Das dores Machado e Silva, também tem demonstrado resultados. Ao iniciar com a metodologia, se produzia 60 litros de leite por dia e hoje consegue produzir 200 litros, utilizando menos hectares que antes.
No total são 31 proprietários envolvidos em todo o Piauí, no Brasil, são mais de 500, dando resultado,principalmente para pequenos produtores. O projeto Balde Cheio, também trabalha com grandes proprietários, no entanto, tem servido para comprovar que pequenos produtores, podem demonstrar bons resultados.
?Para os pequenos produtores os resultados são mais sensíveis e expressivos. Sem dúvidas, a metodologia demonstra que é possível produzir leite de boa qualidade, reduzindo os custos, o que era antes, um dos maiores empecilhos para entrada de pequenos produtores neste ramo de produção?, diz Valter.
Piauí importa atualmente 70% do leite consumido pela população
Atualmente, o Piauí importa 70% do leite que consome de estados como Maranhão, Goiás e Tocantins, ou seja, apenas 30% é produzido internamente. O setor de laticínios no Estado tem potencial para receber 300 mil litros de leite, no entanto os produtores do Estado só encaminham cerca de 80 mil litros.
Para Walter Silas, o Piauí tem grande potencial que está sendo subaproveitado. ?A nossa produção, não corresponde ao potencial, já instalado das indústrias de laticínios no Estado?, diz, acrescentando que com as indústrias instaladas é possível abrir caminhos para este ramo da produção.
Segundo Walter, com a chegada de duas empresas de laticínios no Estado, tem feito com que prefeituras procurem o projeto Balde Cheio para mais adesão. ?Agora novas prefeituras já nos procuraram para aderir ao projeto?.
Walter lembra que com a metodologia do Balde Cheio é possível colocar na rota de produção pequenos agricultores que antes não poderiam produzir por conta dos altos custos. Hoje há pequenas propriedades que vendem o litro de leite a 95 centavos e gastam em torno de 45 centavos para produzir. ?Ainda temos que melhorar a produção do leite e a metodologia do Balde Cheio, mas até agora o projeto tem demonstrado resultados e pode, dar mais frutos?, conclui. (D.B. e S.F.)
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Com informações do portal meio norte
Fotos: Juerismar
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