Atualmente 201, de 224 municípios do Piauí estão em estado de emergência por causa da seca. O decreto emergencial foi renovado pelo Governo Estado e enviado para a Câmara Federal, em Brasília, para ser aprovado. O número é preocupante. Mesmo o Estado sendo um dos mais ricos em águas subterrâneas, de todo o país, alguns lugares já sentem também o peso de explorar essa única via.
A situação afeta a produção, implicando na arrecadação, na oferta de empregos e atinge principalmente a sobrevivência da população, de modo geral. O uso de carros-pipas é a prática mais utilizada para tentar amenizar essa situação, porém não a mais eficiente. A situação preocupa os gestores, que aguardam ajuda dos governos Estadual e Federal para executarem projetos que favoreçam o abastecimento de água nas cidades.
O presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, que também é prefeito de Vila Nova do Piauí, a 385 km de Teresina, lamenta a situação e aponta medidas que a amenizariam. “Vamos correr atrás para que sejam implementados projetos nos municípios, que melhorem, como por exemplo a retomada imediata do programa Água para Todos, para que ele seja priorizado nesses estados que estão sofrendo com a seca”, explica.
O presidente da associação também toca no ponto da dificuldade de alguns municípios conseguirem se mantes com águas retiradas dos lençóis freáticos. “Apesar do Piauí ser um dos mais ricos em recursos hídricos no subsolo, têm cidades no semiárido que não conseguem mais explorar isso. Poços que abasteciam municípios há 20 ou 30 anos, estão secando”, pontua Arinaldo, e finaliza comentando o uso de carros-pipas como parte da solução: “Ainda é uma realidade necessária, que a gente espera que no futuro possa ser sanada”.
Fonte: O Olho- via Cidades na net