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Premen paralisa aulas por conta de irregularidades em obra

Professores e alunos voltam às salas de aula em 15 dias.

Premen paralisa aulas por conta de irregularidades em obra - Imagem 1

Presidente do SINTE e alunos do Premen

Marta Soares - Folha Atual

O Centro Estadual de Educação Profissional Petrônio Portela (CEEP), antigo Premen, ficará sem aulas durante as próximas semanas. Após duas reuniões, onde alunos e professores debateram sobre os muitos problemas pelos quais passa a escola, foi definido que a Seduc ? Secretaria Estadual de Educação tem 15 dias para efetuar os reparos mais urgentes e 45 dias para sanar o restante dos problemas.

Na manhã desta quinta-feira (15) estudantes, pais de alunos, professores, Sindicato dos Trabalhadores da Educação, diretoria da escola e representantes da 9ª Gerência Regional de Educação e engenheiros da Seduc fizeram vistoria nas dependências da escola, onde foram constatados problemas elétricos e estruturais.

Foram constatados problemas de ordem elétrica, além de piso afundando, telhas arrancadas, falta de ligação elétrica em pontos estratégicos da escola, refletores insuficientes na quadra poliesportiva, portas frágeis, além do notável atraso da obra.

De acordo com a professora Jacineide Lima, o problema começa pela duração da reforma, que deveria ter durado 180 dias, mas já fez 2 anos no último dia 10. ?Já fazem dois anos que nós professores trabalhamos com motosserra ligada, marteladas, poeira, funcionários da obra dividindo o mesmo bebedouro com os estudantes e além disso, estamos sem ventilação ou climatização nas salas de aulas. Alunos e professores já passaram mal, inclusive?, denuncia.

O estudante do 4° ano de Radiologia, Alan Henrique da Silva, diz que além dos problemas citados pela professora Jacineide, ainda há o risco de incêndio na escola, a falta de equipamentos de segurança e saídas de emergência: ?não tem extintores e nem saídas de emergência. O forro das salas é feito de material inflamável e já tivemos aqui risco de incêndio por conta da fiação elétrica não suportar a carga de energia?.

A situação gerou descontentamento também nos pais de alunos, que compareceram à reunião e pediram providências urgentes das autoridades competentes. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Gisele Dantas, disse que ?enquanto o governo tiver a educação como despesa e não como investimento, nós nunca sairemos deste atraso?. A presidente ressaltou que os problemas do Premen são reflexo da falta de vontade política em resolver um problema.

Após cerca de três horas do início das vistorias e discussões, foi definido que serão tomadas as providências cabíveis o mais breve possível. De acordo com o Diretor de Engenharia da Seduc, o engenheiro José Raimundo, o prazo para início dos ajustes será contado a partir do dia 18 de março, próxima segunda-feira. Nestes primeiros 15 dias, será iniciado o reparo elétrico. Para isso, virá de Teresina, na próxima terça-feira (19), uma empresa especializada para tratar de todo o reparo elétrico. Após isso, as centrais de ar serão testadas, para que no dia 1° de abril, alunos e professores voltem às salas de aula.

Além disso, a Seduc terá 45 dias para realizar a troca das portas de madeira por portas de metal, as janelas e o telhado também passarão por reparos e serão abertas saídas de emergência e o motor das centrais de ar, que ficam nos corredores das salas de aula, serão retirados e instalados no teto, de forma a deixar o espaço menos quente.

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