Com faixas e cartazes os militantes pretendem chamar a atenção da população picoense.
fonte: Jailson Dias / Folha Atual
Anderson explica os motivos pelos os quai o Pr. Marcos Feliciano deve ser destituído
Desde que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o deputado federal, Pr. Marcos Feliciano (PSC-SP), vem enfrentando uma série de manifestações por todo o país. Movimentos sociais pedem a sua destituição da Comissão que trabalha com as minorias socais. Em Picos os ativistas sociais estão se articulando para a realização de um ato público que deve acontecer na próxima segunda-feira (18/03) na Praça Féliz Pacheco, a partir das 8h00.
Com faixas e cartazes os militantes pretendem chamar a atenção da população declarando que o deputado não os representa.
Sob a coordenação do Grupo de Trabalho GT do Partido dos Trabalhadores (PT) de Política para LGBT e o Grupo Adimó, diversos movimentos e integrantes das chamadas minorias devem participar do ato público, dentre eles a União das Mulheres Picoenses (UMP), e estudantes das universidades públicas e privadas de Picos.
?O Marcos Feliciano não nos representa, e o nosso ato é para manifestar o nosso repúdio da permanência dele dentro do Comitê de Direitos Humanos, justamente por declarações homofóbicas e principalmente racistas, que ele fez antes de ser indicado para a comissão e agora tenta articular as palavras para dizer que não foi a intenção real dele?, declarou Anderson de Andrade, integrante do Grupo de Trabalho do Partido dos Trabalhadores (PT) de Política para LGBT.
?Nós não podemos aceitar que uma pessoa com tais manifestações se insira no nosso comitê de direitos humanos que vai agravar uma situação que é de sermos deixados á margem por sermos minoria, seremos um segmento perseguido, e também a questão de dificultar o surgimento de políticas públicas que nos ajudem a superar esse tipo de repressão que temos por parte da sociedade?, comentou.
Em nota que está sendo divulgada à imprensa o GT para o movimento LGBT utiliza citações realizadas por Marcos Feliciano através das mídias sociais: ?Negos são amaldiçoados, que a África carrega com sigo a maldição de Noé, que religiões acreditam em deuses de Pau não devem ser respeitadas, e que a AIDS é o câncer gay?.
Marcos Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em uma tumultuada sessão realizada no dia 08 de março. Ele obteve 11 votos e passou a liderar uma comissão que historicamente esteve sob a égide do PT. Em entrevistas posteriores o deputado alegou que trabalharia para todos os brasileiros, mas sua postura não recebeu com muito crédito por parte dos movimentos sociais.