Conforme dados apresentados no 5? encontro do I F?rum S?cio Ambiental de Oeiras, a cidade tem, atualmente, 1602 liga?es de esgoto (1424 liga?es domiciliares de esgoto, 178 liga?es comerciais e p?blicas), contra 6556 liga?es de ?gua ( das quais 120 encontram-se inativas ), Isso significa que apenas 25% da popula??o urbana ? atendida por rede coletora. 14% dos usu?rios pagam sua conta em dia. A rede coletora de Oeiras foi implantada em 1996 pela FUNASA para atender a cerca de 200 domic?lios da regi?o central da cidade. Em 2.002 a AGESPISA ampliou a rede coletora e a sua extens?o hoje ? de aproximadamente 20.000 m. S?o 1602 liga?es prediais atendidas pelo sistema de esgotos. Recentemente iniciou-se a amplia??o de mais 4.000 m de rede coletora nos Bairros Oeiras Nova e Rodagem de Picos mas as obras foram paralisadas por ordem judicial em raz?o de eventuais erros no processo licitat?rio.
O destino final dos esgotos, atualmente sub-dimensionado ou inadequado mediante o crescimento da popula??o urbana s?o as lagoas de estabiliza??o, sistema muito comum e considerado adequado ao Nordeste do Brasil, onde o ?ndice de insola??o e clima propiciam um tratamento satisfat?rio. Lagoas de estabiliza??o s?o lagoas constru?das de forma simples, onde os esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A mat?ria org?nica, na forma de s?lidos em suspens?o, fica no fundo da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado. O processo se baseia nos princ?pios da respira??o e da fotoss?ntese: As algas existentes no esgoto, na presen?a de luz, produzem oxig?nio que ? liberado atrav?s da fotoss?ntese. Esse oxig?nio dissolvido (OD) ? utilizado pelas bact?rias aer?bias (respira??o) para se alimentarem da mat?ria org?nica presente no esgoto. O resultado ? a produ??o de sais minerais ? alimento das algas - e de g?s carb?nico (CO2).
No caso de Oeiras, a lagoa de estabiliza??o tem sido objeto de criticas e reclama?es freq?entes por parte da popula??o do bairro da V?rzea, atingida pelos efeitos do mau cheiro e todas as conseq??ncias deste sistema de esgotamento sanit?rio. N?o ? tecnicamente aconselh?vel que resid?ncias sejam edificadas ?s margens de uma lagoa de estabiliza??o. Muito menos que tal equipamento seja constru?do no centro de uma ?rea residencial. Riqueza gera riqueza. Pobreza gera mis?ria e espolia??o. Certamente o valor dos im?veis nesse setor do munic?pio foram depreciados por motivos ?bvios. Recentemente foram adicionados aeradores mec?nicos ? lagoa de estabiliza??o, conforme explicou o Engenheiro Bol?var, com o objetivo de melhorar as condi?es de tratamento dos dejetos. O sistema ?, entretanto, dispendioso tanto em constru??o como na manuten??o.
Esgotamento j? deficit?rio, com apenas 25% da rede coletada, qual ser? o destino de Oeiras quando o poder p?blico tome sa?de, saneamento e esgotamento como prioridade e busquem financiamento para melhoria do sistema p?blico de esgotamento sanit?rio? - Verba para tal h? em todos os editais lan?ados pelo Minist?rio das Cidades, Funasa e demais fontes federais financiadoras do espa?o urbano. Falta vontade pol?tica em todos os n?veis. Promessas certamente est?o por vir com a proximidade das elei?es.