Novembro Azul é uma campanha de conscientização e que será realizada no mês de novembro pela Prefeitura de Milton Brandão através da Secretaria de Saúde por meio do P. S. E (Programa Saúde na Escola), dirigida aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e outras doenças masculinas.
Para isso o P. S. E está programando palestras até o final deste mês, nas escolas Diogo da Silva, Professora Maria de Lourdes Leal Nunes Brandão, Escola Municipal Marai de Lurdes Soares, onde aproximadamente 700 pais participarão dessa palestra, que após poderão procurar a Unidade Básica de Saúde para melhor esclarecimento.
O câncer de próstata é mais incidente que o câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), que em sua estimativa 2012/2013 apontou 60.180 novos casos de câncer de próstata e 52.680 de mama. Pesquisa* realizada pelo Datafolha para a SBU, em 2009, constatou que o preconceito com o exame de toque retal ainda é forte no Brasil. Apenas 32% dos homens brasileiros declararam já ter feito o exame.
De acordo com o presidente da SBU, Aguinaldo Nardi, cerca de 30% dos pacientes do SUS são diagnosticados com câncer de próstata já avançado. Se forem descobertos no início, 90% dos casos são curáveis. “Um a cada seis homens terá câncer de próstata e 1 a cada 36 morrerá da doença”, afirma Nardi. De acordo com ele, falta uma porta de entrada para o paciente masculino.
A doença
O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum entre os homens. Tem números superiores ao câncer de mama, o de maior incidência feminino. A detecção precoce é fundamental para seu tratamento, visto que nessa fase, 90% são curáveis. Em sua fase inicial não há sintomas, por isso, a ida anual ao urologista é essencial para o acompanhamento da glândula. Este ano, 2013, a Sociedade Brasileira de Urologia inicia uma nova recomendação, baseada nos trabalhos científicos publicados nos últimos anos: o exame de toque retal deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e aos 45 anos para homens com casos na família e negros.
Para Iraci Resende, Coordenadora do Programa Saúde na Escola, "a realização do exame que detecta de forma precoce a possibilidade da doença é um tabu da maioria dos homens, que precisa ser quebrado, porque contribui com a redução do índice da doença".