No último dia 16 de junho, a Prefeitura de Miguel Alves, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou o Dia de Combate à Haseniase. O Brasil mantém, nas últimas décadas, a situação mais desfavorável na América e o diagnóstico da segunda maior quantidade de casos do mundo, depois da Índia.
A hanseníase entre os brasileiros é, portanto, um problema de Saúde Pública cujo programa de eliminação está entre as ações prioritárias do Ministério de Saúde em parcerias com governos e prefeituras. Em Miguel Alves o tratamento é gratuito e acompanhado pelo Dr. Rui e Dra. Deyse.
Conheça a doença
A hanseníase (lepra, doença de Hansen) é uma infecção crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae que lesa principalmente os nervos periféricos (aqueles localizados fora do cérebro e da medula espinhal), a pele, a membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos. O modo de transmissão da hanseníase é desconhecido. Quando um indivíduo gravemente doente e não tratado espirra, as bactérias Mycobacterium leprae são dispersas no ar. Aproximadamente 50% dos indivíduos com hanseníase provavelmente a contraiu através de um contato íntimo com uma pessoa infectada.
Sintomas
Como a bactéria que causa a hanseníase multiplica- se muito lentamente, os sintomas comumente manifestam-se pelo menos um ano após a infecção, se bem que o habitual é que eles se manifestem 5 a 7 anos após e, freqüentemente, muitos anos mais tarde. Os sinais e os sintomas da hanseníase dependem da resposta imune do indivíduo. O tipo de hanseníase determina o prognóstico a longo prazo, as prováveis complicações e a necessidade de uma antibioticoterapia. Na hanseníase tuberculóide , aparece uma erupção cutânea formada por uma ou várias áreas esbranquiçadas e planas. Essas áreas são insensíveis ao tato devido à lesão nervosa causada pelas micobactérias. Na hanseníase lepromatosa, aparecem pequenos nódulos ou erupções cutâneas elevadas com tamanho e forma variados. O indivíduo apresenta perda de pelos corpóreos, incluindo as sobrancelhas e os cílios.
Diagnóstico
Os sintomas, como as erupções cutâneas características que não desaparecem, a perda da sensibilidade ao tato e as deformidades particulares que são resultantes da fraqueza muscular, fornecem fortes indícios para o diagnóstico de hanseníase. O exame microscópico do tecido cutâneo infectado confirma o diagnóstico. Do ponto de vista diagnóstico, nem os exames de sangue nem as culturas são úteis.
Tratamento
A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde do SUS e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é por via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos, configurando uma poliquimioterapia.
Os medicamentos mais utilizados para tratamento da hanseníase são: Rifampicina, Dapsona, Clofazimina