UMA TRADIÇÃO QUE JÁ VEM HÁ 68 ANOS
No inicio do mês de Maio estivemos participando de um festejo religioso onde foi demostrado pessoas com fé e verdadeiro sentimentos de amor às doutrinas da igreja católica.
Festejos da Malhada que é município de Bocaina, festejos com origens de minha família.
FALA DO BLOGUEIRO
O AMOR ACABOU? A FÉ ACABOU? A TRADIÇÃO VAI ACABAR?
Fico triste em ver uma tradição de quase 70 anos esta em decadencia, muitos que faziam parte dessa tradição ainda estão vivos, alguns até morando próximo, mas por motivos mundanos esquecem o amor, deixam de lado a fé, os problemas terrestres atrapalham no cumprimento da vida espiritual. Que viva o amor divino e as pessoas amem mais a Deus e coloquem a fé na frente de qualquer barreira de qualquer motivo e valorizem a tradição de fé.
Desde criança que conheço os festejos na Malhada cresci acompanhando as festividades na casa de minha avó Aurora Pacheco (em memória), antes participava muitas pessoas uma vez cheguei a contar 150 só na subida do morro, durante a semana dos festejos a multidão era tanta que juntava vários amigos e parentes para ajudar tanto das festividades como nos afazeres da casa, pois sempre nesses dias recebiam muitas visitas e as ajudas nos trabalhos domésticos eram de grande valias. Hoje a comunidade esta um tanto desabitada antes morava muitas famílias, mas os mais velhos foram morrendo e os jovens foram embora, mas algumas pessoas da família e amigos próximos não deixam a tradição acabar, antes eram 9 (nove) noites de novenas, agora devido as pessoas estarem morando fora fazemos apenas 3 (três), antes vinham pessoas de muitas localidades e cidades inclusive de outros estados, por isso vejo a importância de resgata esses visitantes, tudo aqui é feito com muita animação para chamar a atenção dos jovens esse ano a peregrinação na subida do morro com varias crianças, afim de que elas também tomem gosto e continuem essa tradição.
Quem iniciou esses festejos foi seu Antunim Borges de Moura (em memória), nos anos de 1951, nessa época estava no final do inverno sem chover de modo que as plantas estavam se perdendo e os animais sem pasto, então ele por ser um homem de grande fé resolveu fazer uma promessa, construir uma cruz de tamanho que ele pudesse levar até lá em cima e colocar no topo do morro e rezar uma novena no local da cruz, essa missão foi apoiada pelo seu pai Antônio Borges de Moura (em memória) que resultou em muitas chuvas e inverno com muita fartura e grandes pastos, antes as celebrações de novenas e missas aconteciam na casa de minha avó foi ai que ele resolveu construir essa capela e doar para igreja católica.
“Eu mesmo com minha família e amigos moradores aqui ajudamos na construção dessa belíssima capela, os tijolos foram feitos aqui mesmo. Já tivemos vários testemunhos de milagres depois que acontecem esses festejos, inclusive no pé da cruz antes havia muitos pedaços de madeiras em forma de partes de corpo como pernas, cabeças e outras, que eram deixados lá por pessoas que faziam suas promessas e que foram agraciados com milagres, o primeiro milagre foi o de meu irmão que logo que fez a promessa começou um período chuvas que molhou bem a terra trazendo vida pra nossa lavoura e de todos da comunidade.” Exclamou Josefa Aurora, uma das irmãs do fundador dos festejos.
confira algumas imagens e vídeos da subida do Morro da Cruz