Anísio de Abreu/PI

Rodrigão, ouro olímpico pela Seleção Brasileira, vem ao Piauí jogar vôlei de praia

O campeão olímpico pela Seleção Brasileira de Vôlei Rodrigo Santana, o Rodrigão, concedeu entrevista exclusiva ao blogueiro de Anísio de Abreu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, e anunciou sua vinda a Teresina no mês de julho, para participar da terceira etapa da temporada challenger de vôlei de praia, que será realizada no período de 18 a 21.

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Após se aposentar das quadras em dezembro do ano passado, Rodrigão abraçou o Vôlei de Praia através da Confederação Brasileira de Voleibol. Ele disse que, após a temporada challenger, será iniciado, a partir de setembro deste ano, o Campeonato Brasileiro de Vôlei de Praia, que terminará em abril de 2014.

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?Queria encerrar a carreira com chave de ouro na Olimpíada de Londres em 2012, mas não deu. Tivemos um jogo dramático que todos acompanharam e, ficamos com a prata. Pra mim, a conquista mais importante, que é o sonho de todo atleta, é a medalha de ouro ganha na olimpíada de Atenas?, explica Rodrigão.

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Ele falou que o Vôlei de Praia ainda é uma coisa nova para ele e que está na fase de adaptação. A modalidade, segundo o atleta, exige maior preparação do atleta e mais precisão nos passes e ataque. Falou que na praia há areia, vento e sol, fatores que desgastam a condição física do jogador. ?A areia segura e a gente não consegue se deslocar tão rápido como na quadra?, explicou.

O jogador orienta os jovens que desejam seguir a carreira no esporte. Primeiro, segundo ele, é preciso acreditar que se pode ser um jogador. Explicou que a vida do atleta não é fácil porque ficar longe da família, dos amigos e da namorada pode prejudicar a motivação. ?Quem quer ser jogador e pretende alcançar seus objetivos já pode começar a trabalhar forte?, disse.

Octacampeão da Liga Mundial, Bicampeão da Copa do Mundo e Campeão Pan-americano, Rodrigão mandou uma mensagem à torcida piauiense, deixando claro que gostaria que a Seleção Brasileira de Vôlei jogasse nas cidades brasileiras e, principalmente no Nordeste, para se aproximar mais do torcedor. Mas lamenta que esta decisão não passa pelos atletas.

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JOGADOR DEFENDE A PRESENÇA DE ÍDOLOS EM PROJETOS SOCIAIS

Admitindo que curte o assédio dos fãs por ser a gratificação ao seu trabalho, Rodrigão, ex-Seleção Brasileira de Vôlei, elogia os projetos sociais na área do esporte por terem o mérito de afastar as crianças das drogas e do mundo do crime. Mas defende que é preciso que os ídolos sejam usados como boas referências para o público desses projetos.

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?Não é preciso só investir no esporte, colocando campo de futebol e construindo quadras e criando escolinhas nas comunidades carentes. Isso é muito legal, mas traz um jogador para, pelo menos, uma vez por ano, ir lá conversar com a meninada para falar sobre cidadania e mostrar seu exemplo. A proximidade com o ídolo ajuda demais as crianças dos projetos sociais. O ideal é que se tenha um jogador referência em cada escolinha?, explica o atleta.

Ele conhece como ninguém sobre a importância do exemplo dos ídolos na vida dos jovens. Tricampeão mundial e empresário do setor de academias, Rodrigão começou a jogar nas quadras em 1996, influenciado pela geração do vôlei que conquistou a primeira medalha olímpica de ouro em Barcelona em 1992.

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Rodrigão chegou às categorias de base da Seleção Brasileira de Vôlei em 1996. Três anos depois, em setembro de 1999, entrou como titular na Seleção Brasileira no amistoso em que o Giba se machucou. A partir de 2000, passou a atuar no time em tempo integral. O jogador, que tem 2,04 metros de altura, atuava como meia rede e ficou 14 anos na seleção mais premiada e muito querida dos torcedores.

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Agradecimentos: Mesmo com a agenda lotada de compromissos, o Rodrigão atendeu o pedido da arquiteta e designer Rita Lândia, que é minha irmã, para conceder a entrevista que foi veiculada também ontem, dia 27, no programa Olé da Rede Meio Norte. Obrigado, Rodrigão, um cara muito simples e atencioso.

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