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Reportagem revela projeto Mão na Cobra, do Instituto Butantan, que mostra lado dócil de serpente

O repórter do blog, por onde anda, faz reportagens sobre assuntos interessantes que dizem respeito à vida de todos, que sempre trazem belas imagens feitas pelo próprio jornalista.

Quando esteve em fins de agosto em São Paulo produziu duas reportagens sobre o teste da primeira vacina contra a dengue do Instituto Butantan e agora mostra com exclusividade no Piauí um projeto em que as crianças e adultos aprendem a manusear cobras corais falsas.

As crianças se divertem muito e os adultos, além de se divertirem, registram os momentos inesquecíveis de seus filhos com câmeras e celulares. Confira a matéria e as fotos:

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REPORTAGEM NA ÍNTEGRA PUBLICADA NO JORNAL MEIO NORTE DO ÚLTIMO DOMINGO

Mão na Cobra mostra lado dócil de serpente

Djalma Batista

Editor do Piauí, de São Paulo

No sertão do Piauí, muitas crianças crescem ouvindo os pais dizerem para elas ter cuidado com as cobras, uma cautela que salva vidas e estabelece o conceito de perigo em relação a esses animais. Quem vive num ambiente assim, tem um choque ao entrar em contato com o projeto ?Mão na Cobra?, que foi implantado no Instituto Butantan, em São Paulo, há pouco mais de um ano, e que chega a atrair 300 pessoas às quintas-feiras e nos períodos de férias escolares, oferecendo o manuseio de uma espécie de cobra coral dócil e sem veneno.

Os visitantes que manuseiam as corais falsas numa área próxima do acesso ao Instituto Butantan aprendem que nem todas as cobras são tão serpentes como muitos imaginam. As atividades iniciam às 14h30 e encerram às 15h30. Dura apenas uma hora para preservar a condição física dos animais que são usados no projeto.

O manuseio das cobras por crianças e adultos é acompanhado de perto por dois biólogos do Instituo Butantan. Um deles, o Lucas Henrique, explicou que o projeto ?Mão na Cobra? facilita o contato das pessoas com serpentes da fauna brasileira e promove a educação ambiental.

?Nos eventos, tiramos dúvidas sobre os animais, falamos sobre o comportamento deles e mostramos que existem tipos de cobras que não fazem mal algum ao ser humano. Estamos utilizando uma falsa coral, que não tem veneno, e que por isso não há perigo de manuseio?, frisou.

No projeto, há crianças de São Paulo, de outras regiões do país e até do exterior. Os pais aproveitam para tirar fotos dos filhos para levarem, como recordações, imagens consideradas raras em outros países.

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-Lições são tiradas das corais falsas utilizados no manuseio

O projeto ?Mão na Cobra?, do Instituto Butantan, em São Paulo, tem muitas vantagens para os visitantes. Segundo o biólogo Adriano Teloni, que monitora o contato das pessoas com as cobras, o programa é gratuito e não tem limite de idade e do número de pessoas. ?Caso tenha 300 ou 400 pessoas a gente faz o trabalho?, falou, informando que o Zoológico tem projeto semelhante, mas é feito para grupo restrito e há o pagamento de taxa.

Adriano disse que o Instituto Butantan implantou o ?Mão na Cobra? por ter também a tradição de investir em educação ambiental. O biólogo explicou que o projeto ajuda principalmente as crianças a conhecer melhor as cobras, desfazendo mitos e fornecendo informações claras sobre as serpentes e sobre a fauna brasileira que é muito rica.

Mesmo com receio, a arquiteta piauiense Rita Lândia, que levou o filho Enzo para conhecer o projeto, decidiu pegar na falsa coral. Ela falou que o projeto é muito importante por promover o contato das pessoas com as cobras e estimular a educação ambiental. ?Eu cresci achando que as cobras são serpentes, répteis perigosos e que não servem para nada. O projeto ?Mão na Cobra? nos ensina a ver as cobras com uma nova visão. Aprendi muito. Eu não sabia, por exemplo, que a cobra coloca a língua pra fora, não para nos morder, mas para nos ver e nos sentir através da temperatura?, acrescentou. (D.B.)

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