Sindicalistas da área do magistério advertiram nesta quinta-feira (21) que os professores da rede estadual de ensino do Maranhão, há mais de 690 dias, interromperam uma greve que reivindicava principalmente um novo conjunto de regras para a educação estadual.
A greve de 2011 durou 78 dias e a principal bandeira defendida pelos trabalhadores era, à época, a aprovação do Estatuto do Educador, definido em consenso entre a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) e a equipe técnica do governo.
A insatisfação dos educadores ganhou repercussão no discurso proferido ontem na tribuna pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), que cobrou do Governo do Estado o encaminhamento do projeto do Estatuto para ser apreciado na Assembleia Legislativa.
?Em 2011, o governo garantiu que enviaria o Estatuto do Educador em 60 dias para a aprovação aqui na Assembleia. Já se passaram um ano e nove meses e até hoje o Estatuto não chegou em nossas mãos?, afirmou o líder da oposição.
Depois de inúmeras negociações e concessões feitas por parte dos professores em relação ao acordo inicial, Júlio Guterres, representante do Sinproesemma, condena a lentidão do governo em enviar o Estatuto para a aprovação na Assembleia.
?O Sindicato já discute uma possível paralisação que pode chegar até uma greve por tempo indeterminado. Nós não aceitamos mais o adiamento da votação do Estatuto que já deveria ter sido encaminhado desde 2011 à Assembleia. Estamos mobilizados para qualquer eventualidade?, afirma Guterres.
Para os sindicalistas, a categoria dos professores conta com o apoio do secretário de Educação, Pedro Fernandes, que encaminhou sem restrições o Estatuto do Educador ao secretário-chefe da Casa civil, Luis Fernando Silva.
?Queremos que o governo encaminhe definitivamente o documento para a apreciação na Assembleia. Se o chefe da Casa Civil não enviar o Estatuto em uma semana, conforme ele mesmo prometeu à direção do sindicato, tomaremos as providências necessárias?, frisou o deputado Rubens Júnior.