Dia 12 de maio de 2013, sem dúvida foi o dia mais feliz da minha vida, afinal, neste dia nasceu Davi Lima Duarte, meu filho, veio com saúde, segurança e assistência médica adequada.
Em meio a tanta felicidade, neste dia único em minha vida, durante um certo momento, pus-me a pensar que meu filho seria um privilegiado, em meio a tantas crianças que nascem sem o acompanhamento de um médico especializado, pediatras, enfermeiros, etc, meu filho teve tudo isto, neste momento parei, olhei para o céu e agradeci a Deus, por tudo que ele proporcionara a meu filho.
Da mesma forma que analisei a situação afortunada de meu filho, também lembrei daqueles que não poderiam contar com tais privilégios, pais e mães que perderam seus filhos, no momento do parto, por erro médico ou por falta de equipamentos adequados, imaginei a dor destes pais, da impotência deles diante desta situação.
Quero deixar claro que meu filho nasceu na maternidade da UFMA, ou seja, um hospital público, na cidade de São Luís, capital do nosso Estado, que alias está de parabéns, pelo seu atendimento, acomodações e acima de tudo segurança.
Quero deixar claro também que gostaria muito que meu filho tivesse nascido aqui na cidade onde nasci e cresci, onde estudei, onde trabalho, pago impostos e onde meu filho crescerá e se Deus quiser meu filho também exercerá suas funções de cidadão, mas infelizmente hoje nossa cidade não oferece condições suficientes para um parto seguro, não há aqui ainda equipamentos especializados, uma U.T.I neonatal, centro obstétrico, incubadoras, berçário, equipe especializada como obstetras, pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, ai alguns dirão: ?ele tá querendo demais?, mas eu digo que estou querendo o que nos é de direito, afinal pagamos altos impostos para isso, mas, talvez tenhamos nos acostumados com pouco ou nos conformados com o pouco.
Todas estas deficiências no sistema de saúde de nosso estado e em especial do nosso município, faz com que nossa população procure outras cidades e o estado vizinho Piauí, para procedimentos de parto, o que também faz com que diminua o número de patoenses, afinal, este recém nascido será registrado na cidade de seu nascimento, hoje a maioria em Floriano-PI, Colinas-MA e até a vizinha Sucupira do Riachão-MA.
Tenho o conhecimento do nascimento de quatro bebês neste mês de maio e todos em outras cidades, são menos quatro patoenses registrados, isso é preocupante e lamentável. Recordo-me da extinta Casa de Saúde e Maternidade São João, onde se realizavam cirurgias e partos, onde vários patoenses vieram ao mundo, não sei o que falta hoje para que isso volte a acontecer, mas tomara que se resolva logo, afinal temos bons médicos, bons profissionais da saúde, mas, sem equipamentos, espaço físico adequado, não há garantias de um procedimento de parto seguro e cada vez mais, crianças nascerão em outras cidades.